A extensão tem sido um meio pelo qual a universidade brasileira se desincumbe de seu compromisso social de maneira assistencialista. Em momentos de grande mobilização social, porém, alguns setores de universidades buscam inserir-se em processos de educação popular, com a perspectiva de promover o avanço do movimento popular. Experiências significantes, neste sentido, foram as realizadas pela Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP) a partir de 1978. Tais experiências indicam que, apesar de sua conotação assistencialista e burocrática, elas abrem espaços para a presença do movimento popular na universidade, acirrando no seu interior contradições entre perspectivas divergentes de saber-poder, que geram crises e provocam o surgimento de novos projetos articulados com organizações populares.